Sabe aquelas conversas que a gente não consegue fugir? O termo ‘Woke’ tem sido uma delas. Em um almoço com a minha equipe, a discussão foi tão intensa que me fez refletir sobre como o RH pode ser a ponte para que esse tema, tão delicado, não se torne um campo minado dentro da nossa empresa.
Mas antes de tudo, vamos entender o que é o tal do ‘Woke’. Você sabe de onde surgiu essa palavra?
Originalmente, ‘Woke’ vem do passado do verbo ‘wake’ (acordar), e a expressão ‘stay woke’ (fique acordado) era um alerta na cultura afro-americana para a necessidade de se manter sempre atento e consciente das injustiças e discriminações raciais, especialmente nas décadas de 30 e 40. De forma simples, era um chamado à conscientização e à vigilância social.
O termo ressurgiu com força no movimento Black Lives Matter e, a partir daí, se expandiu para outras pautas sociais, abrangendo questões de gênero, orientação sexual, meio ambiente e inclusão em geral.
Hoje, a expressão é usada para descrever a conscientização sobre questões de justiça social. No mundo corporativo, essa ‘consciência’ se traduz em políticas de diversidade e inclusão, em programas de equidade e em ações afirmativas.
Do ponto de vista do RH, o nosso papel não é polarizar, mas sim promover um diálogo construtivo. A cultura ‘Woke’ nos convida a ser mais atentos e sensíveis às nuances sociais, mas o excesso pode levar a um ambiente de ‘policiamento’, onde as pessoas se sentem intimidadas a se expressar. O equilíbrio é o grande desafio.
E você, como tem navegado por esse tema na sua empresa? Me conta nos comentários, vou adorar saber!
Camila Franjotti Especialista em RH e Desenvolvimento Humano
